terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Tirando as pedras no meio do caminho


   A partir de alguns séculos atrás, a questão da fome tem se tornado uma mazela de repercussão e debate ao redor do mundo. Muitos estudiosos tentaram/tentam/tentarão alcançar uma explicação e solução para esse problema. Estaria a fome ligada ao crescimento acelerado da população ou à ocorrência das desigualdades sociais? Existe solução para ela?
   Em um passado não tão distante, a teoria mais aceita no mundo era a de Thomas Malthus. Embasada em uma propriedade matemática, essa teoria sugeria que o problema da fome no mundo estava relacionado com o crescimento explosivo da população (progressão geométrica), que não era igualmente acompanhado pela produção de alimentos (progressão aritmética). A explicação proposta por Malthus parecia ser bastante coerente com a realidade, até que uma nova e forte teoria também entrou no páreo.
   A nova teoria, proposta por Karl Marx, sustentava-se na tese de que o real problema da fome no mundo era resultado das desigualdades sociais. Com o advento e avanço do Capitalismo, a teoria marxista ganhou cada vez mais força. Além disso, a Revolução Verde enfraqueceu a teoria malthusiana, pois com o surgimento de uma nova tecnologia agrícola, a produção passou a ser muito mais eficiente. 
   Analisando-se o contexto atual pode-se confirmar, mais uma vez, a teoria de Marx e enfraquecer a de Malthus. Uma pesquisa recente informou que mais de 30% do alimento produzido no mundo é desperdiçado e acrescenta que a maior parte deste desperdício é proveniente das nações mais ricas do mundo e das parcelas mais abastadas dos países menos favorecidos. 
   Para amenizar o problema da fome, é necessário um decréscimo da desigualdade social e, consequentemente, do desperdício de alimentos. Além disso, seria interessante - por parte de instituições públicas - a criação de um órgão que fiscalizasse, de fato, e liberalizasse a doação de alimentos que seriam jogados no lixo, por parte de restaurantes. Será somente removendo essas pedras no meio do caminho que essa mazela se "eufemizará". 

~ALU

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