terça-feira, 8 de outubro de 2013

Metamorfose educacional: o aluno virou borboleta!


   O espaço escolar foi, durante várias séculos, um local em que a autonomia era exercida - principalmente - pelo professor. No entanto, essa realidade passou a ser alterada com o passar do tempo, basicamente no mesmo período em que o capitalismo (e seus frutos) passou a se fortificar. Os alunos foram se tornando "senhores" nas escolas gradativamente. Como, então, a sociedade deve encarar tal mudança?
   Em um passado não tão distante, o professor era considerado a maior autonomia dentro do espaço escolar. O primeiro quadrinho de uma famosa charge remete a este fato, onde pai e professor questionam um garoto por este ter alcançado notas baixas em exames escolares. Além disso, a imposição de "respeito" por meio de castigos físicos (como a palmatória) dentro do recinto de aprendizagem era constante. O aluno ficava preso em um casulo, privado de liberdade e autonomia. Mas, com o passar do tempo, essa realidade passou a se metamorfosear. 
   No contexto atual, o aluno se tornou - basicamente - um "monarca" no ambiente escolar. O segundo quadrinho da charge citada anteriormente denota claramente essa nova realidade, onde pai e aluno questionam o professor pelas baixas notas alcançadas pelo estudante nos exames. Tal autonomia por parte do aluno tem provocado um crescente desrespeito (e violência) contra o professor. Além disso, o mesmo tem se tornado tão comum que alunos de boa índole passaram a ser ridicularizados por praticarem o respeito aos seus "mestres", como acontece com os dois irmãos protagonistas da famosa série de livros "O estudante".
   Além de tais fatores, o capitalismo (e seus frutos) tem constituído forte alavanca para o aumento da autonomia do estudante pois, atualmente, acontecimentos triviais podem resultar em graves processos, como revela o Dr. Ben Carson em seu livro "Risco Calculado". 
   Assim, pode-se observar que a autonomia crescente dos estudantes tem se revelado um forte e grave conflito dentro do espaço educacional. Uma solução interessante para essa mazela deveria ser a criação de "sala do professor" e não "sala do aluno". Desse modo, o estudante estaria fora de seu domínio e dentro do imposto pelo professor, não estando mais apto e livre para voar.

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