O povo brasileiro foi visto, por muitos anos, como um povo que assistia passivamente à política (muitas vezes corrupta) de seu país. Apesar disso, quando a situação alcançava níveis críticos, o brasileiro levantava-se de seu "berço esplêndido" para buscar seus direitos. Porém, passado o momento de luta, o povo voltava a adormecer. E, então, como pode-se compreender o brasileiro em um contexto social de busca pelo que lhe deveria ser garantido?
A rua, como já diria João do Rio, é um espaço caracterizado pela manifestação de diversos tipos sociais. E foi na rua que o povo, sem fazer distinção, lutou contra as maiores mazelas nacionais e mundiais. Foi na rua, por exemplo, que diversas pessoas se uniram contra o anti-semitismo do Terceiro Reich. E foi na rua que milhares de brasileiros se manifestaram contra o autoritarismo militar e a favor de eleições diretas, no século passado. Músicas como "Liberdade, liberdade" ecoavam pelo Brasil, expressando o que o brasileiro de fato almejava.
Após essas manifestações, a "pedra no meio do caminho" foi retirada e o brasileiro, ao ver seus ideais alcançados, voltou a "dormir". Iniciou-se no Brasil, então, uma era de paradoxos. Com o novo sistema político vigente - aliado à nova pacatez do povo - políticos e governantes, que antes lutaram pelo povo, passaram a se enroscar em uma enorme teia de corrupção, e isso fez com que o brasileiro, pouco a pouco, se desiludisse com a situação política vivida. Tal fato, inclusive, fez com que muitos cidadãos optasse por não votar (uma contradição com o ideário dos brasileiros de poucas décadas atrás). Apesar disso, mais uma situação alcançou patamares críticos e o povo voltou às ruas para se manifestar. A "Revolta dos vinte centavos" foi, na verdade, apenas o estopim para várias mazelas sociais do Brasil.
Mediante tais fatos, pode-se perceber que o povo brasileiro é, na verdade, como um vulcão que adormece e entra em erupção algum tempo depois. Mas para garantir que seus direitos constitucionais sejam sempre garantidos, o brasileiro não deve ficar passivo. Ele deve apenas nunca fugir à luta!
~ALU
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