Hoje desejei a chuva,
pingos molhados sobre a terra seca,
lágrimas provocadas pelo choro das nuvens,
ou mesmo o suor delas
(o que é mais provável de acontecer).
O calor é (está) intenso...
Sonho (acordado) com a chuva,
mas ela não vem...
A época não é a certa eu penso,
tento eufemizar a justificativa,
não quero me entristecer,
mas parece que os Céus não querem me ouvir...
Quero ver a chuva,
tocá-la,
senti-la,
deleitar-me em seu calor:
calor que esfriará meu corpo,
calor que esquentará minha alma!
Mas nada de chuva...
Canso-me de esperar,
resolvo deitar...
e dormir...
E sonho (dormindo)...
Acordo:
sinto o cheiro de terra molhada:
estaria eu dormindo?
Estaria eu sonhando?
Não!
A chuva viera:
as nuvens seguraram o choro,
elas não transpiraram
(pelo menos até eu dormir).
Os Céus me responderam
e por isso me sinto feliz,
mas que pregaram uma peça em mim,
Ah sim! E como pregaram!
Mas não me importo,
Sei que ainda me recompensarão por esperar...
Outras chuvas virão:
meu sonho há de ser atendido:
acordado estarei molhado:
realizado!
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