terça-feira, 5 de agosto de 2014

“Rolezinho” na biblioteca? Por que não?


   Nas últimas décadas, a humanidade acompanhou diversos fenômenos de natureza sociocultural, sendo eles – em sua maioria – promovidos por uma juventude que buscava ocupar espaço no contexto social mundial. “Woodstock”, “Movimento Hippie” e mais recentemente os “rolezinhos” são exemplos de fenômenos que causavam bastante polêmica pelo modo como foram praticados. A juventude que idealizava a diversão acabou sendo taxada como delinquente e deturpadora da ordem social e, então, instalou-se um novo debate social sobre os limites da diversão e as fronteiras que a separavam da delinquência.
   Com o surgimento de diversos “ídolos” no cenário mundial a juventude, ainda carente de personalidade própria, acaba optando por se espelhar no que é belo e chama a atenção. Tal fator acabado dando margem, muitas vezes, para o surgimento de diversos tipos de manifestações sociais e culturais. O “Rolezinho” (fenômeno mais recente no contexto brasileiro) é um claro exemplo de tais manifestações. Promovido em grande parte por jovens de classe baixa, o “Rolezinho” é um encontro que busca a diversão em um local normalmente frequentado por pessoas de maior poder aquisitivo. Segundo os idealizadores do evento, além da diversão, o “Rolezinho” também busca amenizar a desigualdade e o preconceito sofrido pelos jovens menos favorecidos.
   Porém, juntamente com a “diversão”, surgem problemas de ordem social. Do mesmo modo como o “Woodstock” criou polêmica pelo uso excessivo de drogas por parte de seus adeptos, os “rolezinhos” vêm causando polêmica pela ocorrência de saques e arrastões nos ambientes onde são realizados. Os prejuízos já são grandes e, em decorrência disso, muitos comerciantes vêm procurando encontrar uma solução na Justiça para o fim dessa “mazela”. Consequentemente, os debates sobre o limite da diversão voltam à tona no intuito de idealizar soluções para as problemáticas.
   Os jovens estão cheios de energia, mas, infelizmente, não possuem meios para se divertirem de maneira saudável. Os governos devem aplicar mais recursos destinados ao lazer da juventude, como a criação de mais parques, academias e ginásios públicos. Além disso, cabe aos jovens mais consciência e, também, a possibilidade de realizarem “rolezinhos saudáveis” em bibliotecas, asilos e orfanatos, por exemplo.

~ALU

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