terça-feira, 8 de julho de 2014

O teu olhar já me alcançou...



Quando vejo teus lindos e negros olhos a me olhar (será mesmo que estão a me olhar?) não consigo suportar o peso de tamanha força. Às vezes parece que, assim como Monalisa, para todo lugar que olhas, estás a me olhar também. Mas sei que não. Sei que, lá no fundo, isso é apenas um erro de sistema que o meu coração reportou à minha mente. Mas, como gostaria eu que esses belos olhos estivessem a me contemplar e a dizer a mim, verdadeiramente, “deixa-me te alcançar, nem que seja com o olhar...”. Foi tão bom ter a sensação provocada pela esperança advinda do mais íntimo do meu ser... Foi tão bom pensar - por alguns instantes - que aquela frase, aquelas palavras tão bem formuladas às minhas considerações aqui também escritas, eram dirigidas a mim, a um coração que já está disposto a limpar as teias de aranha que o sujam, que o tornam tão frio e inóspito... Confesso que já fazia um bom tempo que não sentia essas emoções. Emoções essas que só o amor -o verdadeiro amor - é capaz de produzir no coração daquele que está disposto a seguir em frente cuidando de seu jardim. Jardim esse que, para não se deteriorar, deve ser regado a cada dia com gestos simples: um bom dia ao acordar; um simples – mas sincero – sorriso; o alcance de um penetrante olhar; o calor de um simples e rápido toque labial. Quero ter a chance de sentar e conversar contigo, dizer o que estou sentindo, jogar para fora o que tanto está preso dentro do meu coração. Esse seria, de fato, um dia memorável. Principalmente se tudo o que eu dissesse encontrasse eco em teu coração. E, assim, estaríamos finalmente unidos, unidos por esse sentimento único e inexplicável: o amor. Um amor que em mim se deu quando o teu olhar me alcançou...

~ALU

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