Ah, o amor sobre nós dois,
esfarelou-se,
escafedeu-se,
expirou-se,
paradoxou-se...
Procuro razões para chorar,
pois assim poderei sorrir...
O dia cada vez mais fica escuro,
enquanto sinto o frio do brilho da noite,
o calor dos teus braços tem me tornado gelado...
Olho em teus olhos,
mas não vejo nada:
seus olhos são intransponíveis ao meu olhar!
Sinto seu doce toque,
mas repugno-me:
prefiro doces lágrimas de solidão,
do que ter o seu falso amor,
prefiro ser uma grama sob um pedra durante o dia -
por três semanas em meio à chuva -
do que ouvir as gotas do orvalho do seu céu caírem sobre mim,
orvalho amargo:
até as nuvens têm velado sobre mim...
Não posso mais:
o paradoxo sobre nós dois,
rompeu o amor que havia em nós...
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