BR-153: existe solução para a principal rodovia que passa pelo Vale?

(Matéria feita para o jornal Conexão Diária)

Nos últimos dias, pudemos ver mais de perto aqui no Conexão Diária a situação em que se encontra a BR-153 em relação ao número de acidentes e também de mortes. Tais acidentes já mataram muitas pessoas de alguns dias para cá e, assim, essa rodovia tem se tornado uma das mais perigosas de todo o território nacional. Mediante tais números desafiadores e crescentes, surge uma pergunta: existe alguma solução para essa rodovia?

Primeiramente, vamos ver alguns dados. A BR-153 é considerada a quarta maior rodovia do Brasil. A prova do tamanho da dimensão dessa rodovia, é que ela liga o município de Marabá (PA) até o município de Aceguá (RS) totalizando 4.355 (quatro mil trezentos e cinquenta e cinco) quilômetros de extensão. Ao longo do seu percurso, ela atravessa oito estados e quatro regiões do Brasil. Abaixo você poderá ver em detalhes o traçado da BR-153:

                                                   

Mesmo com tamanha importância ainda não existia, há algum tempo atrás, projetos para melhorar o nível de segurança do transeuntes nessa região. Mas há alguns anos, com o objetivo de diminuir tais índices tão negativos, governos estaduais e federal têm investido bastante dinheiro nesta região, para aumentar a segurança dos motoristas e passageiros que viajam por essa zona.

Um projeto de bastante importância para a futura diminuição dos acidentes na BR-153 está praticamente concluído: a ferrovia Norte-Sul. Com ela em funcionamento, a previsão é de que o tráfego de veículos de transporte diminua um número considerável, melhorando a condição e fluência do trânsito. 

Em relação a asfalto, não temos muito o que reclamar, pois a BR-153 possui boa parte dos trechos com bons índices nesse critério. É claro que não devemos ser hipócritas de afirmar que ela está em condições perfeitas! O que o governo deve fazer é manter uma constância na manutenção dessa rodovia, não fazendo assim, que ela fique em bons estados de conservação em certos trechos ou em certas épocas do ano. Se essa constância for praticada, a qualidade do asfalto será outro fator que influenciará a diminuição do índice de acidentes.

Outro projeto que, se bem fiscalizado tem um valor de suma importância, é o da Lei Seca (que proíbe motoristas de dirigirem embriagados). Já existem postos policiais de fiscalização, mas ainda devem ser implantados mais postos em trechos onde ainda não existe a fiscalização. Desse modo, outro índice reduz bastante: o de acidentes resultados por um ou mais dos indivíduos envolvidos no acidente estarem embriagados. 

Mas o melhor projeto pensando até agora, foi a duplicação da rodovia em certos pontos, como de Goiânia a Itumbiara, no sul do estado goiano. Nessas regiões, o número de acidentes foi bastante reduzido, principalmente pela quase impossibilidade de ocorrerem acidentes de colisão frontal (a maior causa dos acidentes). 

Tais projetos citados anteriormente com investimentos governamentais devem de fato existir e serem colocados em prática, já que pagamos impostos tão caros.

Agora, também não podemos esquecer da própria conscientização do motorista, ao acompanhar os ajustes necessários para o bom funcionamento do veículo e também ao dirigir com responsabilidade, ultrapassando apenas em locais corretos e desempenhando um bom papel. Esse é outro fator que, se praticado, diminuirá bastante a probabilidade de ocorrerem acidentes.

Será somente pela aliação dos projetos citados anteriormente (principalmente o da duplicação da rodovia em "todos" os trechos), de outros planos que ainda possam surgir, do comprometimento do governo em realizar e do dirigir com responsabilidade por parte dos motoristas, que poderemos ter uma BR-153 mais segura e de maior confiança.