segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Retirando a violência de gênero do meio do caminho



   Nos últimos anos, muito se tem falado sobre a necessidade do fim da violência de gênero em um âmbito internacional. Apesar disso, ainda são notórios os casos desse tipo de violência, principalmente contra a mulher. Com base nisso, faz-se urgente o estudo das causas dessa mazela e a criação e efetivação de medidas que mostrem a violência de gênero como algo intolerável.
   Durante milhares de anos, a estrutura da sociedade foi baseada em um sistema patriarcal e, consequentemente, machista. Por esse motivo, esse modelo foi basicamente acoplado ao DNA humano. Desse modo, muitos foram os casos de violência contra a mulher que permaneceram silenciados e impunes ao longo da História.
   Contudo, principalmente após o surgimento do movimento feminista, essa realidade vem sendo alterada gradualmente, inclusive no Brasil. Exemplos de tal mudança foram a criação da Lei Maria da Penha (que criminaliza a violência contra a mulher) e as recentes condenações do advogado Misael Bispo (pelo assassinato de sua namorada Mércia Nakashima) e do goleiro Bruno (por envolvimento na suposta morte de Elisa Samúdio). Mas, apesar de tal desenvolvimento, ainda existem muitos casos nacionais e principalmente internacionais que permanecem no silêncio da impunidade.
   Como dito anteriormente, a dominação do homem sobre a mulher parece ter sido acoplada culturalmente nas sociedades humanas. As comunidades islâmicas, entre outras afro-asiáticas, constituem o principal exemplo desse enraizamento. Nessas comunidades, a mulher continua sendo amplamente discriminada e fortemente punida quando tenta lutar para conquistar seus direitos. Exemplo disso é o da jovem paquistanesa Malala (uma das ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz de 2014) que, buscando alcançar uma sociedade mais igualitária, vem sendo ameaçada por seus compatriotas.
   Para que a violência de gênero torne-se intolerável não apenas no papel, mas também na prática, faz-se necessária a criação de um órgão mundial (com sub-sedes nacionais) que exerça uma grande pressão internacional (utilizando medidas como o boicote) sobre os países que não demonstrarem uma real mudança de postura. Será assim que a “violência de gênero será retirada do meio do caminho”.


~ALU

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