Trecho do livro “Ainda que caiam os céus” de Mikhail P. Kulakov e Maylan Schurch:
“Os tribunais públicos eram a última tática
que Nikita Kruschev estava empregando na esperança de se ver livre do que ele
chamava de ‘preconceitos religiosos’.
‘Precisamos remodelar a consciência daqueles
que estão concluindo a implantação do socialismo em nossa União Soviética’, ele
e outros líderes do partido declaravam. ‘Vivemos em um novo mundo de igualdade
e fraternidade universais e justiça para todos. A religião não é somente o
‘ópio do povo’, como Marx disse, mas também um feio impedimento para o caminho
de um futuro brilhante. Lembrem-se! A luta contra a religião é uma luta em
favor do socialismo!’
Naquela época, ninguém imaginava que, quase
cinquenta anos mais tarde, Dmitry Ageev, participante de uma das Conferências
de Moscou sobre Direitos Humanos, olharia sobriamente para trás e reconheceria
a falência dessa triste filosofia.
‘O extremismo’, ele disse, ‘que ameaça se
tornar uma das maiores catástrofes do século 21, é resultado direto da atitude
de desdém em relação à personalidade humana e sua essência espiritual, atitude
essa que foi ideologicamente consolidada e colocada em prática pelos regimes
totalitários do século 20’.”
~ALU
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