Durante as últimas décadas, muito se fala
sobre “ser otimista” para o alcance dos objetivos. Milhares de best-sellers
sobre autoajuda infestam as livrarias e constam na lista dos livros mais
vendidos. Tais tipos de leitura negam criteriosamente a postura de assumir um
caráter negativo, pois essa negatividade ocasionaria desânimo e fracasso. Mas
seria o pessimismo algo tão destrutivo assim?
Seguindo a linha do otimismo, muitas pessoas
alcançaram, de fato, o sucesso. Aproveitando-se do bom momento, esses “sortudos
na vida” escreveram o caminho e as práticas a serem seguidas para o alcance
efetivo do sucesso. Assim, esses escritos foram divulgados mundialmente para
que outras pessoas pudessem desfrutar de uma vida otimista ao extremo, sem
maiores preocupações.
Porém, foi em consequência de tal pacatez –
em relação à vida – que os problemas começaram a surgir, pois tal segurança
desprepara o homem para os problemas que possam advir. Além disso, o otimismo
excessivo não prevê possíveis mazelas que poderão ocorrer. Um exemplo disso é o
que vem acontecendo com o grande visionário e otimista Eike Batista. Com
investimentos especulativos desmedidos – e
esperando grandes retornos – o empresário brasileiro e o seu “Império X”
esbarraram na dura realidade a que o mundo está submetido.
São em decorrência de exemplos como o de
Eike que a cada dia novos adeptos do pessimismo vêm surgindo e colocando em
xeque a confiabilidade e efetividade do otimismo. Com a proposta de esperar o
pior e trabalhar para superá-lo, os discípulos do pessimismo (não tão profundo)
de Schopenhauher ganham cada vez mais força. Prova disso é que, atualmente,
muitos já são os especialistas no assunto e esses, por sua vez, afirmam a
necessidade de sermos mais pessimistas e nos confrontarmos com a dura
realidade. Desse modo, com as pessoas trabalhando em cima de prováveis
insucessos, estarão mais preparadas casos esses venham a ocorrer.
Portanto, pode-se notar que o pessimismo não
é tão destrutivo como muitos imaginam. Pelo contrário, ele pode caracterizar-se
(se bem dosado) como uma ótima ferramenta no combate aos impropérios da vida.
Para isso, faz necessário que estudiosos no assunto recebam maiores patrocínios
para disponibilizarem suas ideias para um maior público, além de contarem com
maior apoio midiático.
~ALU
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