Os brasileiros, em sua grande
maioria, vivem uma crise de confiança. Diversos escândalos e manipulações são
descobertos em instituições que deveriam ser dignas de credibilidade (como
setores governamentais, midiáticos e religiosos). Além disso, o “jeitinho
brasileiro” de querer levar vantagem em tudo, agrava ainda mais essa situação.
Compreender tais desordens éticas e morais é fundamental para que esse grave
problema seja superado.
Desde o período colonial o
brasileiro tem motivos para desconfiar das pessoas que vivem ao seu redor.
Buscando lucro, muitos foram aqueles que utilizaram-se da prática do suborno ou
da sonegação. Procurando privilégios, muitas foram as pessoas que delataram
companheiros que buscavam, de fato, melhorar o país em que viviam. Tais
práticas negativas parecem ter acoplado ao DNA de “alguns” brasileiros as
práticas da alienação e manipulação. Com o intuito de obterem vantagens nas
atividades realizadas, esses indivíduos corruptores corrompem a ordem ética e
moral sem medirem esforços.
A crise de confiança é
provocada, em sua maioria, pelas práticas corruptas dentro da política
brasileira. Com diversos esquemas de fraudes, Mensalão, caixa-dois, entre
outros, sendo descobertos, a população passa a desacreditar naqueles em quem mais
deveria confiar. Aliado a esse fator, encontra-se uma mídia quase que
totalmente voltada a interesses econômicos e que parece não importar alienar as
massas. Para agravar ainda mais essa mazela, as instituições religiosas,
“algumas” vezes, mostram-se envolvidas em escândalos que desacreditam de vez
aqueles poucos que confiavam em algo ou alguém.
Com tamanhos motivos para
desacreditar, é fato que se se vive uma crise de confiança no Brasil. Como
consequência, o Brasil pode se envolver ainda mais na teia da corrupção. Isso
porque a população, ao ver-se envolta em um meio onde as práticas depreciativas
não são incriminadas com o devido rigor, poderá passar a utilizá-las
indiscriminadamente. Para que essa situação se altere é necessário que cada
brasileiro comece a mudança por si mesmo, para em seguida passar para a etapa
de reivindicação junto às instituições superiores (através de amplas
manifestações nacionais). Será desse modo que o verbo “confiar” poderá deixar
de ser, na prática, intransitivo.
~ALU
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