O amor já não era mais o mesmo. Por mais que tentássemos tratar o assunto em um contexto amistoso, terminávamos constantemente em "tapas verbais". Eu não queria o divórcio. Ela muito menos. Porém, do jeito que estava, era impossível continuar só (nós dois). Um fim disfórico se aproximava: eu tinha de encontrar uma solução!
Confesso que nunca fui muito fã de novelas mas, naquele dia, senti uma imensa vontade de vê-las. Liguei a TV no canal sete e, repentinamente, o canal visualizado na tela se transferiu para o 13 (uma rede que estava fora do ar há tempos). No monitor, várias mulheres cheias de bijuterias se "deitavam" com um senhor. As cenas seguintes mostravam o desprezo de boa parte das pessoas que conviviam com o grupo poligâmico (que acabava de mudar-se para o Brasil). Naquele momento eu não mais dúvidas: deixei no canal seis.
O caminho até a casa do senhor Norberto era longo, mas eu tinha de ir. Ao chegar, fui informado de que ele estava em um culto religioso, mas já estava prestes a voltar. De fato, sete minutos após a minha chegada, ele também chegou. Sua expressão tornou-se séria ao notar-me. Porém, sem delongas, fitei-o nos olhos e disse que queria casar-me com a filha mais nova dele. Norberto fitou-me também e, com um sorriso largo na face, disse que me permitiria meu casamento com qualquer filha dele. Terminei a conversa do mesmo jeito que iniciei e leve Bat (como eu chamava Bete carinhosamente) para casa.
Ao chegarmos, não encontrei minha esposa. Eu estava louco para contar as novidades. Fui até o nosso quarto, bati três vezes na porta e, sem resposta, abri a mesma vagarosamente. Não pude acreditar no que via. Ela havia sido mais rápida. O quarto estava com uma sensível e deliciosa luminosidade baixa e propunha um ambiente amistoso para se fazer amor. Deitamo-nos na cama, Bat e eu, fazendo assim companhia a minha esposa. Iniciamos um caloroso triângulo sexual. Na sexta pausa que me concederam, meu irmão mais novo saiu nu do banheiro.
- Também quero entrar para o clã!
Na TV, transcorria uma reportagem sobre as mulheres-girafa, na Tailândia...
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