Por Gabriel Rodoval;
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Os garotos olharam para onde haviam ouvido a voz. ''Não estou completamente recuperado mas... goleiro que é goleiro nunca pode abandonar o time''. Os integrantes da equipe ficaram boquiabertos. Abel continuou - ''por favor, não deixem que eu fique aqui na torcida sem poder fazer nada pelo nosso time''. Anderson, um garoto do time pelo qual Abel estava prestes a entrar, disse que por ele estava tudo bem, mas que não haviam inscrito o nome do goleiro no time. Abel frustrou-se mediante aquela ressalva. Ele havia se esquecido disso.
Lucas, que havia permanecido calado durante todo o tempo após a sua pergunta, aproximou-se de Abel e lhe disse - ''você tem certeza de que não vai se machucar?''- e abaixou a cabeça enquanto continuava sua fala - ''eu inscrevi você na competição. Queria muito que você erguesse a taça conosco e recebesse sua medalha caso chegássemos à final e veja só, chegamos. Estamos nisso por você Abel, por isso se você estiver sentindo-se bem, pode entrar.''
Aquelas palavras de Lucas pegaram todos de supetão. Abel que há pouco tinha recaído o semblante, nem mais denotava tê-lo estado antes.
''Suas roupas estão no vestiário'' - continuou Lucas. Abel, meio mancando foi até o vestiário e demorou cerca de três minutos para subir. Só restavam sete minutos para o início do segundo tempo quando a equipe novamente se reuniu em um círculo. Com a palavra, Abel deu aquela motivação. Rafinha havia ficado sentado no banco de reservas enquanto os garotos conversavam. Abel viu aquilo, interrompeu sua fala e chamou Rafinha, que estava meio cabisbaixo após ter sido substituído por não poder continuar em quadra. Quando o time estava finalmente completo Abel continuou - ''meus amigos, esse título vocês não conseguirão mais por mim e sim nós conseguiremos pelo Rafinha afinal, ele ajudou-nos a chegar até aqui e também conseguiu manter o placar em zero a zero''. O goleiro com a mão dolorida ainda participou do grito de guerra do time antes de voltar para o banco um pouco menos frustrado.
O árbitro chamou as duas equipes para voltarem para o segundo tempo e, quando o time rival viu que Abel jogaria, foi em peso até a banca reclamando que ele não podia jogar visto que não havia sido relacionado para o campeonato.
Os responsáveis pela vistoria dos times olharam e anunciaram que o nome de Abel havia sido inscrito para o jogo.
Sem poderem contestar a fala dos árbitros da banca, o time de Tálysson foi para seu lado do campo.
Mas, antes do jogo começar, Tálysson saiu de seu campo e foi até o gol de Abel sem que ninguém em quadra percebesse. Abel cumprimentou-o quando este estava próximo a ele. Tálysson nem respondeu ao cumprimento e foi dizendo - ''era pra você estar morto seu desgraçado. Naquele dia, a minha voadeira em sua cara era pra ter te matado na hora, mas acho que você não morreu para poder ver hoje minha superioridade. Não se preocupe, sua hora, assim como daquela sua namoradinha, ainda vai chegar''.
Abel havia ficado calado durante todo discurso do garoto rival. Ele começou a lembrar de tudo. Do jogo, das defesas, dos gols e da dor. Abel ficou absorto em seus pensamentos até o momento em que o árbitro apitou o início do segundo tempo. Ele tentou se concentrar no jogo, mas não conseguia depois de tudo o que Tálysson havia dito. Ele deu três tapas consecutivos em seu rosto para tentar concentrar-se no jogo. Em vão. Alguns segundos mais tarde e Abel voltava a indagar-se.
Sem saber, Tálysson ajudou na concentração de Abel. Após livrar-se de dois marcadores, o exímio jogador acertou um chute muito forte que veio de encontro ao rosto de Abel. A bola caiu em sua frente e ele pegou-a. Seu rosto estava vermelho. Sua adrenalina subira. Era o que ele precisava. Ainda sentindo muita dor, Abel fez um belo lançamento com as mãos. Lucas, que também era um bom jogador, dominou a bola nos peitos e deu um fortíssimo chute virando uma linda ''bicicleta''. O goleiro do outro time, não esperava por aquilo e apenas acompanhou a bola indo de encontro ao travessão.
Tálysson não perdeu tempo. A bola voltara para ele no meio de quadra e só havia um marcador contra ele. Seria um gol fácil. Ele driblou o jogador rival e veio de encontro com Abel. O goleiro, que ainda estava com o rosto parecendo um pimentão, saiu ao seu encontro. Tálysson, com a maior frieza, fez menção de chutar com a esquerda. Abel caiu com a ''bunda no chão''. O gol ficara livre. Thálysson olhou para o lado oposto ao gol para chutar. O garoto tinha certeza do gol e, por isso, correu para comemorar. Abel, já se sentia triste pensando que tudo havia acabado. Mas, após alguns instantes ele não ouviu um apito de gol. Ele olhou para para trás e viu Lucas ainda se levantando. Lucas veio ao seu encontro e o ajudou a levantar. ''Não desista facilmente'' - disse Lucas - ''vamos vencer juntos''. Abel sentiu um ''queimor-frio'' subir em seu corpo. Ele agora lutaria, guerrearia, faria de tudo para vencer...
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Os garotos olharam para onde haviam ouvido a voz. ''Não estou completamente recuperado mas... goleiro que é goleiro nunca pode abandonar o time''. Os integrantes da equipe ficaram boquiabertos. Abel continuou - ''por favor, não deixem que eu fique aqui na torcida sem poder fazer nada pelo nosso time''. Anderson, um garoto do time pelo qual Abel estava prestes a entrar, disse que por ele estava tudo bem, mas que não haviam inscrito o nome do goleiro no time. Abel frustrou-se mediante aquela ressalva. Ele havia se esquecido disso.
Lucas, que havia permanecido calado durante todo o tempo após a sua pergunta, aproximou-se de Abel e lhe disse - ''você tem certeza de que não vai se machucar?''- e abaixou a cabeça enquanto continuava sua fala - ''eu inscrevi você na competição. Queria muito que você erguesse a taça conosco e recebesse sua medalha caso chegássemos à final e veja só, chegamos. Estamos nisso por você Abel, por isso se você estiver sentindo-se bem, pode entrar.''
Aquelas palavras de Lucas pegaram todos de supetão. Abel que há pouco tinha recaído o semblante, nem mais denotava tê-lo estado antes.
''Suas roupas estão no vestiário'' - continuou Lucas. Abel, meio mancando foi até o vestiário e demorou cerca de três minutos para subir. Só restavam sete minutos para o início do segundo tempo quando a equipe novamente se reuniu em um círculo. Com a palavra, Abel deu aquela motivação. Rafinha havia ficado sentado no banco de reservas enquanto os garotos conversavam. Abel viu aquilo, interrompeu sua fala e chamou Rafinha, que estava meio cabisbaixo após ter sido substituído por não poder continuar em quadra. Quando o time estava finalmente completo Abel continuou - ''meus amigos, esse título vocês não conseguirão mais por mim e sim nós conseguiremos pelo Rafinha afinal, ele ajudou-nos a chegar até aqui e também conseguiu manter o placar em zero a zero''. O goleiro com a mão dolorida ainda participou do grito de guerra do time antes de voltar para o banco um pouco menos frustrado.
O árbitro chamou as duas equipes para voltarem para o segundo tempo e, quando o time rival viu que Abel jogaria, foi em peso até a banca reclamando que ele não podia jogar visto que não havia sido relacionado para o campeonato.
Os responsáveis pela vistoria dos times olharam e anunciaram que o nome de Abel havia sido inscrito para o jogo.
Sem poderem contestar a fala dos árbitros da banca, o time de Tálysson foi para seu lado do campo.
Mas, antes do jogo começar, Tálysson saiu de seu campo e foi até o gol de Abel sem que ninguém em quadra percebesse. Abel cumprimentou-o quando este estava próximo a ele. Tálysson nem respondeu ao cumprimento e foi dizendo - ''era pra você estar morto seu desgraçado. Naquele dia, a minha voadeira em sua cara era pra ter te matado na hora, mas acho que você não morreu para poder ver hoje minha superioridade. Não se preocupe, sua hora, assim como daquela sua namoradinha, ainda vai chegar''.
Abel havia ficado calado durante todo discurso do garoto rival. Ele começou a lembrar de tudo. Do jogo, das defesas, dos gols e da dor. Abel ficou absorto em seus pensamentos até o momento em que o árbitro apitou o início do segundo tempo. Ele tentou se concentrar no jogo, mas não conseguia depois de tudo o que Tálysson havia dito. Ele deu três tapas consecutivos em seu rosto para tentar concentrar-se no jogo. Em vão. Alguns segundos mais tarde e Abel voltava a indagar-se.
Sem saber, Tálysson ajudou na concentração de Abel. Após livrar-se de dois marcadores, o exímio jogador acertou um chute muito forte que veio de encontro ao rosto de Abel. A bola caiu em sua frente e ele pegou-a. Seu rosto estava vermelho. Sua adrenalina subira. Era o que ele precisava. Ainda sentindo muita dor, Abel fez um belo lançamento com as mãos. Lucas, que também era um bom jogador, dominou a bola nos peitos e deu um fortíssimo chute virando uma linda ''bicicleta''. O goleiro do outro time, não esperava por aquilo e apenas acompanhou a bola indo de encontro ao travessão.
Tálysson não perdeu tempo. A bola voltara para ele no meio de quadra e só havia um marcador contra ele. Seria um gol fácil. Ele driblou o jogador rival e veio de encontro com Abel. O goleiro, que ainda estava com o rosto parecendo um pimentão, saiu ao seu encontro. Tálysson, com a maior frieza, fez menção de chutar com a esquerda. Abel caiu com a ''bunda no chão''. O gol ficara livre. Thálysson olhou para o lado oposto ao gol para chutar. O garoto tinha certeza do gol e, por isso, correu para comemorar. Abel, já se sentia triste pensando que tudo havia acabado. Mas, após alguns instantes ele não ouviu um apito de gol. Ele olhou para para trás e viu Lucas ainda se levantando. Lucas veio ao seu encontro e o ajudou a levantar. ''Não desista facilmente'' - disse Lucas - ''vamos vencer juntos''. Abel sentiu um ''queimor-frio'' subir em seu corpo. Ele agora lutaria, guerrearia, faria de tudo para vencer...
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