Por Jéssica Corrêa;
Ao assistirmos a
um noticiário, deparamo-nos com várias informações “Queda do dólar”, “Furacão
Katrina faz 33 vitimas”, “Novo modelo de computador é lançado nesta terça”.
Tais notícias nada mais são do que conseqüências das atitudes e escolhas feitas
pelo homem a algum tempo atrás ou então novas ações que influenciarão o amanhã.
Mas será que estamos tomando as escolhas corretas? Ou melhor, que futuro
estamos escrevendo para as próximas gerações?
O homem, sempre em
busca de beneficiar-se, passa sem o menos pudor por cima de tudo o que lhe
afronta e impede de alcançar o que almeja, mesmo que um desses empecilhos seja
o meio onde vive, o seu habitat. Porém, como a própria Física nos garante, toda
ação tem sua reação e não será dessa vez diferente. A natureza a dar sinais de
seu descontentamento, entretanto o homem só tem olhos para o capital. Tomado
pela ambição torna-se insensível para as demonstrações. Tais brutalidades
desenhadas pelo homem acarretam uma série de acontecimentos para o futuro da
humanidade levando-nos a sofrer perante catástrofes devastadoras.
Até então abordamos
o futuro do homem na questão geográfica, porém como será o futuro do homem
quanto ao seu “ser”, a sua essência permanecerá inalterada? Existem teorias
como a do pré-socrático Heráclito, que defende a ideia de que o homem está em
constante transformação. Essas transformações não se restringem ao campo
“físico”, mas se estendem à própria essência do homem. Tais pensamentos se
confirmam ao analisarmos as constantes transformações sofridas pelo homem. A
ambição, o egoísmo e o pensamento restrito ao hoje vêm tomando o lugar da
valorização do próximo, do afeto e da preocupação com o amanhã. Mudanças como
essa são inevitavelmente atribuídas ao desenvolvimento frenético do
capitalismo.
Concomitantemente ao capitalismo e a
desenfreada destruição ambiental,
vivemos em tempos onde a globalização é crescente, entretanto tal acontecimento
possui seus “prós” e “contras”. De um lado temos a interação entre as nações e
do outro a perda gradativa da identidade nacional. A tendência então é que com
o passar dos anos a individualidade seja substituída pela padronização.
Devido às nossas
atitudes e indiferença estamos caminhando para um futuro devastador em todos os
campos. Primeiramente em recursos naturais os quais grande parcela já foi
destruída. Temos também a questão do esfriamento de humanidade, levando-nos à
completa indiferença ao outro. E finalmente a extinção da particularidade do
ser. Portanto ainda nos resta uma chance de reescrevermos o futuro. Preocupe-se
com aqueles que virão.