Por Gabriel Rodoval;
ainda bem que ele não seria pra mim,
era a vez de outra coisa,
ainda não seria o meu fim.
Vi a coisa com os nervos a flor da pele,
ela sabia que havia chegado a sua hora,
mas apesar disso saber,
muito esforço ela fazia para deste mundo não ir embora.
A coisa foi amarrada a um cavalo
e salteava sem parar,
bastou-lhe apenas um tiro,
para uma vida inteira acabar.
Suas companheiras a olhavam,
enquanto a carne dela nós tirávamos,
sabiam que chegaria sua vez
e que seu destino era alimentar-nos.