quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A caixa do horror (Parte 1)

Por Gabriel Rodoval;


   Eu estava muito cansado. O ano fora cansativo e eu necessitava de um repouso. Planejei com minha namorada passarmos duas semanas em uma fazenda localizada no interior de Minas. No primeiro dia de minhas tão sonhadas férias, partimos. somente eu e Loyane (minha namorada). A viagem foi de carro e sem nenhum transtorno.
   No caminho, idealizamos como seria a fazenda. Imaginávamos um ligar lindo, com um lago quem sabe e uma casa de veraneio grande e confortável.
   Quando chegamos, quase nada do idealizado pôde ser observado. De fato, havia um lago, mas a figura deste era desprezível perto da que imaginávamos. A casa era grande como pensávamos, mas era notavelmente sinistra. Ao deparar-se com a assombrosa casa, Loyane me pediu para que voltássemos para casa, mas a busca pelo perigo, pelo imaginável pulsou mais forte em minhas veias. Acalmei-a e de relance ela relutou em permanecer ali, mas logo dei-lhe um beijo e ela aceitou ficar.
   Entramos na casa e transferimos as bagagens do carro para a sala de estar. Pedi minha namorada para que colocasse os alimentos na geladeira enquanto eu ligava o gerador. Ela disse que aproveitaria e já organizaria a cozinha. Agradeci e me desloquei para fora da casa. Quando retornei para ajudar minha namorada, não a encontrei na cozinha como esperado. Pensei que ela tivesse ido ao banheiro e por isso não procurei-a de imediato. Comecei a preocupar-me após cerca de seis minutos do desaparecimento de Loyane. O relógio-de-parede tocou e eu olhei-o e me assombrei: os ponteiros marcavam seis horas, seis minutos e seis segundos.
   Pensei que fosse um sonho e então besliquei-me e senti a dor, tanto física como mental, de que eu estava realmente acordado. Para acalmar-me, abri a geladeira para tomar um suco de maracujá, mas encontrei  ali apenas uma caixa. Fiquei receoso em abri-la, mas a curiosidade novamente falou mais alto. Peguei-a calmamente e delicadamente e a pus sobre a mesa. Fui explorando-a lentamente assim como um cão espera sua presa. Quando terminei de abrir a caixa, para meu espanto só havia um pacote de batatas fritas. Por um instante, até me esqueci de tudo o que ocorria ao redor.
   Quando abri o pacote, ouvi sinistramente, o assobio de um forte vento, que bateu com força todas as portas e janelas daquela assombrosa casa. O terror novamente reinava ali. Minhas mãos, agora trêmulas, entorpecidas pelo horror, deixaram o pacote cair sobre a mesa.
   Corri em direção à porta da sala, mas ela estava trancada. O mesmo ocorreu com todas as portas e janelas da casa.
   Voltei para a cozinha e percebi, dentro de pacote de batatas fritas, um bilhete. Peguei-o e o li com a voz trêmula:
   -"Bem vindo ao jogo..."

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